É isto que nos une e o motivo pelo qual somos os Caminheiros Monte da Lua

domingo, 18 de novembro de 2012

Colares

Hoje gostaria de prestar homenagem a um companheiro que "surrateiramente", sem compromissos, apenas pelo prazer de nos acompanhar se "infiltrou nas nossas companhias".
Chama-se Simba. É um cão. Um rafeiro que estoicamente não desfaleceu e acompanhou-nos civilizadamente. Confiante que lhe queriamos bem. A sua companhia alegrou-me a alma.
Em homenagem ao Simba e reforçando a frase "O cão é o melhor amigo do Homem" permitam-me maçar-vos com o discurso de George Graham. Quando advogava e representava um sujeito, que processava o vizinho por ter assassinado o seu cão. As suas palavras estao gravadas num monumento exterior a um palácio de justiça em Missouri. Ele disse: “Senhores do júri, o melhor amigo que um homem tem no mundo pode se voltar contra ele e se tornar seu inimigo. Seu filho, ou filha, que ele criou com amor, podem se mostrar ingratos. Aqueles que estão mais próximos e são nossos entes mais queridos, aqueles nos quais confiamos nossa felicidade e nosso bom nome podem trair nossa fé. O dinheiro que tem, um homem pode perder, voa para longe. Provavelmente, quando mais se precisa dele. A reputação de um homem pode ser sacrificada no momento de um ato impensado. As pessoas que estão prontas a cair de joelhos para nos prestar honras podem ser as primeiras a atirar a pedra da injuria quando o erro coloca suas nuvens sobre nossas cabeças. O único amigo absolutamente altruísta que o homem pode ter nesse mundo egoísta, o único que nunca lhe abandona, o único que nunca se prova ingrato ou falso é seu cão. O cão de um homem permanece a seu lado na prosperidade e na pobreza, na saúde e na doença. Ele dormirá no chão frio, onde os ventos gelados do inverno sopram e a neve cai intensamente, só para poder estar perto, ao lado do dono. Ele beijará a mão que não tem comida alguma a oferecer. Lamberá as feridas e machucados que surgem em um encontro com a rispidez do mundo. Guardará o sono de seu pobre dono como se ele fosse um príncipe, e quando todos os outros amigos o abandonam, ele permanece. Quando a riqueza vai embora e a reputação se estilhaça, ele é tão constante em seu amor quanto o Sol em sua jornada pelos céus. Se o destino conduz o dono à marginalidade no mundo. Sem amigos e sem lar, o fiel cão não pede mais privilégios do que o de acompanhá-lo, guardá-lo contra o perigo, e lutar contra seus inimigos. E, quando chega a ultima de todas as cenas, e o fim leva o dono em seu abraço, e todo o seu corpo está deitado no chão frio, não interessa, se os outros amigos seguem o seu caminho. Ali, ao lado do túmulo, o nobre cão será encontrado com a cabeça entre as patas, os olhos tristes, mas abertos, em completo alerta, fiel e verdadeiro até mesmo na morte
Agradeçam a presença dos animais e reconheçam a sua importância...
Obrigado Simba pela companhia!

De 18 de novembro de 2012 - Fernando

Em reconhecimento ao Simba lembrei-me ...



Os animais não têm preconceitos de raça, cor ou espécie...

1 comentário:

  1. Há caminheiros companheiros que aparecem uma vez e depois não voltam...
    De todos temos saudades! Simba foi um deles!
    Não falou com ninguém, mas disse muito!
    Saudades!

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